As imagens de satélite compartilhadas no Twitter de uma fonte de inteligência pública identificam atividade justamente na zona onde a China está realizando exercício no vídeo lançado, informa o jornal The Eurasian Times.
Video release via #China, between @SimTack & myself this is #Depsang, what's important to note is the inventory on display .. that has been rotating here since our first report, Tanks, MRLS, Anti Air & Artillery pic.twitter.com/eF5bRFRPWO
— d-atis☠️ (@detresfa_) January 12, 2021
Vídeo lançado pela China. Para Sim Tack e eu, se trata de Depsang, [mas] o que é importante notar é o inventário em exibição, que está por aqui desde nosso primeiro relato: tanques, lançadores múltiplos de foguetes, sistemas antiaéreos e artilharia.
Satellite imagery of the areas where this activity has been recorded puts the units roughly 36 KM east of #DBO airstrip pic.twitter.com/7iLfSnmF8U
— d-atis☠️ (@detresfa_) January 12, 2021
As imagens de satélite das áreas onde esta atividade foi registrada colocam as unidades a aproximadamente 36 quilômetros do leste da pista de pouso Daulat Beg Oldi.
A Daulat Beg Oldie (DBO) da Força Aérea indiana em Ladakh é a pista de pouso mais alta do mundo, conta o artigo.
Importância das planícies de Depsang
Índia e China se encontram em conflito na fronteira desde maio de 2020, e as planícies de Depsang têm sido um importante ponto de atrito entre as duas nações. Especialistas no assunto alertaram sobre como a estrada de Darbuk-Shyok-Daulat Beg Oldie (DS-DBO) continua vulnerável a ataques.
A importância da área de 972 quilômetros quadrados está em sua localização estratégica, a aproximadamente cinco quilômetros de altitude. Tal posição geográfica ofereceria uma vantagem defensiva em caso de guerra, segundo o texto.
As últimas atividades de treinamento militar indicam claramente que a China não está considerando o não envolvimento em conflito como uma opção imediata. No entanto, fontes informaram ao South China Morning Post que a China teria retirado dez mil soldados de sua fronteira disputada com a Índia.
É provável que a tomada dessa decisão tenha vindo após Pequim ter calculado que haveria uma pequena chance de conflito nos Himalaias neste inverno no Hemisfério Norte, ou seja, nos próximos meses, e ambos os lados estão cientes de que é impossível combater em tais condições climáticas extremas.
Índia refuta reivindicações de retirada de tropas
Enquanto isso, o comandante do Exército indiano, general Manoj Mukund Naravane, refutou as alegações sobre a redução de forças em ambos os lados no que diz respeito aos pontos de conflito.
Naravane afirmou que as tropas do ELP chegam às áreas de treinamento todos os anos e deixam o local após o término do mesmo. De igual modo, acrescentou que não houve mudança no status quo, e que a China desenvolveu infraestruturas nos setores central e oriental, refere o The Eurasian Times.
Os dois grandes rivais asiáticos vêm se envolvendo em várias tentativas de negociações diplomáticas e militares desde o violento confronto de 15 de junho do ano passado no vale de Galwan, que resultou na morte de cerca de 20 soldados indianos. Porém, do lado chinês ainda não houve divulgação do número de baixas oficial.