Respondendo nesta quarta-feira (23) a uma pergunta em coletiva de imprensa, Zhao Lijian, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, criticou as acusações dos políticos norte-americanos.
"Os senadores que você mencionou vão se opor a qualquer coisa que a China faça. Eles estão sempre inventando mentiras para difamar a China a fim de buscar ganhos políticos. Suas alegações são pura calúnia destinada a justificar a supressão arbitrária por parte dos EUA de empresas chinesas de alta tecnologia", declarou o porta-voz da chancelaria chinesa.
Zhao Lijian acrescentou que o governo da China incentivou as empresas nacionais a procurarem uma cooperação de investimento no exterior com base nos "princípios de mercado, normas internacionais e leis do país anfitrião".
Ao mesmo tempo, Pequim acusou de volta Washington de espionar, enfatizando os esforços de vigilância global dos EUA e mencionando o programa PRISM da Agência de Segurança Nacional dos EUA, revelado por Edward Snowden.
"São os EUA que vêm conduzindo roubos cibernéticos em todo o mundo, mesmo em seus aliados, desde que o PRISM foi lançado. É um verdadeiro império de hackear e roubo. O mundo pode ver [isto] através do truque dos EUA de difamar os outros e embelezar a si próprios", disse o diplomata chinês.
A dura reação da China surgiu após uma notícia da Reuters alegando que os senadores republicanos Marco Rubio e Ted Cruz escreveram uma carta para advertir um aliado dos EUA no Pacífico - os Estados Federados da Micronésia – do papel de Pequim no Projeto de Conectividade Kiribati, e instando as autoridades a rejeitá-lo.