Uma equipe de cientistas liderada pelo Instituto de Pesquisa do Sudoeste de Boulder (SwRI), nos EUA, analisou o pequeno fragmento, e após estudar sua composição, determinou que o meteorito procede de um asteroide desconhecido do tamanho de Ceres, o maior objeto no cinturão de asteroides.
De acordo com o estudo publicado na revista Nature Astronomy, o asteroide tinha água em abundância e foi formado a temperaturas e pressões medianas nos primeiros momentos do recém-nascido Sistema Solar.
"Os meteoritos de condrito registram atividade geológica durante as primeiras etapas do Sistema Solar e fornecem informação sobre as histórias dos corpos de seus 'pais' [...] Alguns têm abundantes minerais que fornecem provas de sua exposição a água e baixas temperaturas e pressões, porém nunca tivemos evidências de meteoritos formados na presença de água em condições medianas", afirmou Vicky Hamilton, cientista do Instituto de Pesquisa do Sudoeste.
A análise espectral do fragmento identificou uma variedade de minerais hidratados, principalmente a anfíbola, que está ligada às temperaturas e pressões medianas e ao período prolongado de alteração aquosa de um asteroide.
Em 2008, um asteroide de aproximadamente quatro metros de diâmetro entrou na atmosfera terrestre, explodindo segundos depois, a 37 quilômetros, e desintegrando-se em mais de 600 meteoritos, que caíram no Sudão.