Berlim abandona nome de rua ligado à era colonial e presta homenagem a filósofo negro

© REUTERS . Fabrizio BenschMulher com máscara para se proteger do coronavírus passa com bicicleta por rua de Berlim, na Alemanha
Mulher com máscara para se proteger do coronavírus passa com bicicleta por rua de Berlim, na Alemanha - Sputnik Brasil
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A decisão desta semana de renomear uma rua no centro de Berlim em homenagem a um filósofo negro e africano foi marcada por novos protestos pela revisão do passado colonial da Alemanha. 

A Rua Moor era alvo frequente de críticas por conta da palavra utilizada no logradouro ser uma maneira ofensiva de se referir a escravos negros. O Conselho municipal concordou na quinta-feira (20) em renomear o local em homenagem a Anton Wilhelm Amo, um filósofo negro trazido como escravo para a Prússia no século 18.

Protestos contra o nome da rua acontecem anualmente em Berlim todo dia 23 de agosto, o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

Este ano, os manifestantes se concentraram no Fórum Humboldt, um enorme centro de arte em construção em Berlim. O local exibirá artefatos roubados pela Alemanha de suas colônias na África.

Em outro local da capital alemã, a equipe do Museu de Tecnologia de Berlim e ativistas desmontaram uma exposição sobre o passado colonial do país. A exposição foi criada em 2003, mas chamou a atenção em meio aos protestos do Black Lives Matter por retratar escravos negros como mercadorias. 

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