Polícia canadense cria polêmica ao ver crime de ódio em ataque a monumento da SS

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Um departamento de polícia do Canadá negou apoiar o nazismo depois de ter sofrido pesadas críticas por lançar uma investigação sobre o ataque a um monumento em comemoração a uma divisão da Schutzstaffel (SS), organização paramilitar do Terceiro Reich.

O incidente em questão envolve a polícia de Halton, em Ontário, que decidiu abrir um inquérito sobre possível crime de ódio após uma pessoa escrever "monumento de guerra nazista" em um monumento que homenageia a 14ª Divisão de Granadeiros da Waffen SS Galizien em um cemitério ucraniano de Oakville, outra cidade da mesma província canadense.

"A informação inicial coletada pelos investigadores indicava que o grafite poderia ser motivado por ódio, visando ao grupo identificável dos ucranianos em geral, ou membros ucranianos desse centro cultural. Em nenhum momento, o Serviço de Polícia Regional de Halton considerou que o grupo identificável visado pelo grafite era o nazista", disse a organização por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (17).

De acordo com o chefe de polícia Steve Tanner, não há apoio à SS no Canadá e "nem deveria haver em lugar algum" e, além disso, nem esse grupo nem o Partido Nazista podem ser protegidos sob qualquer legislação relacionada a crime de ódio. 

"Aquele era um monumento aos nazistas, não aos ucranianos. Eu sou ucraniana e esse não é um monumento para mim ou para minha família, que passou por um grande esforço para livrar o mundo dos nazistas", escreveu uma internauta após a nota da polícia de Halton. "O monumento em si é um crime de ódio."

Em declarações à Sputnik, o departamento de polícia disse que não poderia dar mais informações sobre o caso, nem mesmo se o mesmo continua sendo investigado como um crime de ódio. 

​A 14ª Divisão de Granadeiros da Waffen SS Galizien foi estabelecida em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, por cerca de 80 mil voluntários ucranianos com o objetivo de tentar conter o avanço do Exército Vermelho sobre os territórios ocupados pelas forças nazistas na Ucrânia e na Polônia. No entanto, acabou sendo atropelada pelas tropas da União Soviética e foi totalmente extinta em 1945, ano de encerramento do conflito. A divisão é acusada de cometer uma série de atrocidades durante o período em que esteve em ação.

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