No fim de 2018, ao anunciar sua retirada unilateral do Plano de Ação Conjunto Global sobre o programa nuclear iraniano, a administração Trump reestabeleceu sanções contra o setor de energia iraniano, relata o canal RTBF.
Desde então, os Estados Unidos têm renovado a cada três ou quatro meses uma exceção especial para o Iraque que, sem gás e eletricidade do Irã, poderia "mergulhar na escuridão".
"Desta vez o prolongamento da exceção é de somente 45 dias, com condições restritas", explicou à AFP a autoridade iraquiana.
Washington e Bagdá ainda negociam as condições do acordo, enquanto os Estados Unidos continuam a pressionar o governo iraquiano para acabar com sua dependência das importações de hidrocarbonetos iranianos. Para tal, são promovidos contratos com empresas do setor de energia, sobretudo norte-americanas.
Em 2019, foi assinado um memorando com a empresa American General Electric, mas nenhum contrato foi finalizado.
Dependência iraquiana do Irã
Bagdá afirmou que seriam necessários ainda três anos para alcançar a autonomia energética em relação ao Irã. Atualmente, do país vizinho são importados 28 milhões de metros cúbicos de gás e 1.400 megawatts de eletricidade por dia.
Devido à baixa produção elétrica do Iraque, de entorno de 16.000 megawatts, sem conseguir atender a demanda interna, estas importações se mostram cruciais para a estabilidade energética iraquiana.