Revista norte-americana revela ponto fraco dos EUA em caso de guerra

© AFP 2023 / Jason Waite / Escritório de Informação da Marinha / Marinha dos EUACruzador da classe Ticonderoga USS Leyte Gulf (CG 55) navegando do lado direito do navio de apoio de combate rápido USNS Arctic (T-AOE 9) no Mediterrâneo
Cruzador da classe Ticonderoga USS Leyte Gulf (CG 55) navegando do lado direito do navio de apoio de combate rápido USNS Arctic (T-AOE 9) no Mediterrâneo - Sputnik Brasil
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A história tem mostrado que os oceanos que separam os Estados Unidos da Europa e da Ásia se têm revelado um verdadeiro obstáculo capaz de suster e desincentivar ataques inimigos.

Contudo, face ao atual estado da Marinha dos EUA, o enorme espaço aquático que até agora protegia os EUA está se transformando em um problema para a segurança nacional.

Especialista americano está deveras preocupado

Sobre este tema se debruça na revista Forbes o especialista militar Loren Thompson. Ele chama a atenção para o fato de hoje em dia ser estrategicamente fundamental assegurar a deslocação de tropas e equipamento para os locais de conflito de uma forma célere e eficaz.

Mas, tendo em conta que os envolvimentos militares recentes são sempre fora dos EUA e uma vez que o transporte aéreo é deveras dispendioso e limitado a equipamento de menor gabarito, os militares veem-se na contingência de fazer deslocar mais de 90% do armamento e equipamento por via marítima.

Frota marítima de transporte americana é antiquada

Os americanos recorrem frequentemente a supercargueiros Ro-Ro. "Ro-Ro" é um acrônimo para "Roll on-Roll off", um tipo de cargueiro para o transporte de automóveis e outros veículos, de modo a que estes entrem e saiam do navio pelos seus próprios meios sem terem de ser içados.

Thompson assegura que toda a frota destes navios, que são 65, está obsoleta, como ficou demonstrado nos últimos tempos. Alguns são tão antigos que já há inclusive navios Ro-Ro parados por não haver técnicos especializados para sua manutenção.

Na verdade, exercícios recentes mostraram que apenas dois em cada cinco navios de transporte estavam prontos para navegar e chegar a tempo ao seu destino. Isso significa que a mobilização militar para um possível conflito futuro seguramente não correrá nada bem, levando a que as forças em ação em zona de guerra ficariam subequipadas nos momentos críticos por falta da entrega em tempo útil do equipamento necessário.

Calcanhar de Aquiles da Marinha americana

O Comando da Marinha americana tem alertado sucessivamente para os perigos levantados pelo envelhecimento da frota. Ora, os programas em curso preveem o prolongamento da vida útil das unidades existentes e a aquisição de navios usados nesta década agora iniciada.

A preocupação dos altos comandos da Marinha tem sido corroborada por diversos congressistas, como o senador democrata do Illinois Tammy Duckworth.

Thompson confirma ainda no seu artigo aquilo que a Sputnik já havia publicado a 2 de janeiro deste mês sobre o estado degradado dos meios de transporte marítimo da Marinha norte-americana.

Novos navios, só para a próxima década. Thompson adverte que essa opção fará com que os EUA estejam mal preparados para os conflitos que, na opinião dele, surgirão inevitavelmente nos próximos anos, e isso pode causar sérios problemas, incluindo desaires militares.

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