Irã afirma que está aberto a conversar com a Arábia Saudita, diz chanceler

© AP Photo / Ebrahim NorooziMinistro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif
Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif - Sputnik Brasil
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O Irã sempre esteve pronto para manter conversas diretas com a Arábia Saudita ou negociar através de intermediários, disse o ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, em meio às crescentes tensões entre os dois vizinhos.
"Sempre estivemos abertos a discutir qualquer coisa com a Arábia Saudita. A Arábia Saudita é nossa vizinha", afirmou Zarif à emissora TRTWorld em entrevista divulgada na sexta-feira.

"Não temos escolha a não ser conversar um com o outro. E estivemos abertos a conversar com a Arábia Saudita diretamente ou através de intermediários. Nunca rejeitamos nenhum intermediário", acrescentou.

Zarif também se referiu ao plano do presidente iraniano Hassan Rouhani de alcançar a paz na área do golfo Pérsico por meio do diálogo, apelidado de Hormuz Peace Endeavor ou HOPE. O ministro de Relações Exteriores disse que todos os oito países do Golfo foram incentivados a aderir à iniciativa.

Rouhani apresentou a iniciativa na 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em setembro e expressou disposição para trabalhar em conjunto com a ONU.

© AP Photo / Marcos MorenoPetroleiro iraniano Grace 1
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Petroleiro iraniano Grace 1

As tensões entre o Irã e a Arábia Saudita, bem como na região do Golfo como um todo, aumentaram após vários ataques a petroleiros no país. No incidente mais recente da sexta-feira, um navio-tanque de propriedade iraniana foi incendiado por uma explosão no porto saudita de Jeddah.

Além disso, em meados de setembro, as instalações petrolíferas sauditas foram atacadas, o que levou o país a diminuir drasticamente sua produção de petróleo. O ataque foi reivindicado pelo movimento rebelde iemenita Houthi, que está lutando contra o governo iemenita, apoiado por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.

Ainda assim, a Arábia Saudita e seu aliado, os Estados Unidos, alegaram que os houthis não tinham capacidade para conduzir tal ataque e culparam o Irã. Teerã negou categoricamente qualquer envolvimento no incidente.

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