Na sexta-feira (20), o ministro do Petróleo da Venezuela e presidente da empresa estatal venezuelana PDVSA, Manuel Quevedo, disse que a empresa petroquímica Monomeros está em risco de ser destruída pela oposição e pediu à comunidade internacional que examine a situação.
Em março, a Assembleia Nacional, controlada pelo líder da oposição, Juan Guaidó, nomeou seu pessoal para a diretoria de duas empresas petroquímicas nacionais: a Petroquímica da Venezuela, Pequiven, uma subsidiário da PDVSA, e a Monomeros Colombo Venezolanos, filial colombiana da Pequiven.
"Eles tentam destruir a empresa, que estava em pleno funcionamento e que em 2018 produziu 860.000 toneladas de fertilizantes, o que é 92% da sua capacidade, e em 2019 produziu 22% da capacidade, ou 176.000 toneladas", disse Quevedo.
Segundo o ministro, foram demitidos 130 funcionários e uma das instalações industriais da empresa foi fechada após uma grande explosão que teve lugar na quinta-feira (19). Ele está convicto que tudo isso faz parte do plano de Guaidó de destruir a empresa e de vendê-la por partes.
"Apelamos à justiça venezuelana e internacional para que investiguem essas ações que, a meu ver, são do tipo mais desonesto que um venezuelano e seus cúmplices estrangeiros poderiam cometer", adicionou Quevedo.
Após a crise política que se agravou na Venezuela no fim do janeiro, os Estados Unidos impuseram pesadas sanções contra as autoridades venezuelanas, tendo bloqueado US$ 7 bilhões de ativos da PDVSA e suas filiais. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou as sanções de tentativa ilegal de os EUA se apropriarem dos ativos soberanos do país.
