Astrônomo brasileiro gere projeto do 100º aniversário da União Astronômica Internacional

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Em nosso Universo há trilhões e trilhões de estrelas observáveis, e nas últimas duas décadas surgiram diversos potenciais berços de vida e aventuras.

Entretanto, a maioria dos exoplanetas, como todo o resto do céu, não possui nomes, apenas números, como HD 156411b ou HAT-P-5b, o que é uma interessante questão, já que quase todas as descobertas recebem o nome de quem as encontrou.

A denominação celestial é algo rígido e exclusivo, gerenciado pela União Astronômica Internacional, contudo, em comemoração do seu centésimo aniversário, a organização está permitindo que cada país do mundo denomine seu próprio exoplaneta e a estrela a que ele chama de lar, segundo o The New York Times.

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No início deste mês, a organização divulgou uma lista contendo as estrelas e seus planetas para os 79 países inscritos na IAU100 NameExoWorlds, como o projeto é chamado oficialmente.

Cada estrela na lista é visível e brilhante o suficiente para ser observada com um pequeno telescópio a partir do país que o pretende denominar.

Eduardo Penteado, astrônomo do Museu de Astronomia e Ciências Afins do Rio de Janeiro e responsável pelo gerenciamento do projeto, afirmou que o processo estava apenas começando, mas que já despertou interesse.

"Algumas campanhas nacionais já estão recebendo muitos nomes", afirmou Eduardo Penteado, ressaltando que na Grécia já receberam 1.500 propostas durante o fim de semana.

Aproximadamente 4.000 possíveis exoplanetas foram descobertos na Via Láctea, desde 1995, por naves espaciais como a Kepler e a TESS da NASA e por telescópios na Terra. Isso significa que poderia haver bilhões de mundos possivelmente habitáveis só em nossa galáxia.

Para o projeto, os astrônomos de cada país são os responsáveis por organizar suas próprias campanhas para obter sugestões e votações públicas. Nomes ou frases indígenas, refletindo as tradições culturais e históricas dos países, são bem-vindos.

Os nomes escolhidos pelos candidatos finais serão avaliados pelos coordenadores nacionais para garantir que eles não fazem referências religiosas, militares ou políticas.

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