Segundo um dos interlocutores, Shanahan se referiu ao F-35 com uma palavra obscena e disse que a Lockheed Martin "não sabe como executar um programa".
Quando exercia o cargo do vice-secretário da Defesa dos EUA, Shanahan fez repetidamente críticas demolidoras ao programa do F-35 em reuniões do departamento, classificando-o como "inviável" e criticou a diretora executiva da Lockheed Martin, Marillyn Hewson, informa outra fonte, ex-funcionário da administração de Donald Trump.
"Preço, previsões financeiras, é tudo muito caro, não podemos sustentá-lo", disse a fonte, citando Shanahan.
Em 1º de janeiro deste ano, Patrick Shanahan se tornou o novo secretário de Defesa dos EUA. O ex-secretário de Defesa James Mattis renunciou depois da decisão de Trump de retirar as tropas norte-americanas da Síria.
O programa de desenvolvimento do caça F-35 Lightning II se tornou o mais caro da história da produção de armas. Os EUA gastaram cerca de meio trilhão de dólares com a sua realização. Os desenvolvedores ultrapassaram os custos originalmente planejados em centenas de bilhões de dólares e, mesmo assim, o caça entrou em operação sete anos depois do prazo estimado.
Ao mesmo tempo, a mídia escreveu repetidamente sobre os numerosos problemas técnicos da aeronave. No final de outubro do ano passado, o Pentágono suspendeu a operação de cerca de vinte caças F-35 devido a problemas com o sistema de combustível. Um mês antes, os militares dos EUA também cancelaram voos do caça para investigar possíveis problemas depois do acidente do F-35B no estado norte-americano da Carolina do Sul.