Em entrevista à Sputnik Brasil, Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, disse que há mais de 240 milhões de hectares já abertos no país, para agricultura e pastagens, sem precisar expandir ainda mais a fronteira agrícola.
Outro dado levantado pelo estudo do Instituto Escolhas é que que zerar o desmatamento não geraria grandes impactos no PIB brasileiro.
"A gente já desmatou tanto e temos tantas áreas que já foram desmatadas que dá para garantir a expansão da agricultura brasileira continue e que o Brasil seja um dos grandes celeiros do mundo exportando comida e cereais", disse Sérgio Leitão.
Ao assinar o Acordo de Paris em 2015, o Brasil se comprometeu a alcançar a meta a partir da eliminação total do desmatamento ilegal, da restauração de 12 milhões de hectares de florestas, do aumento do uso de bioenergia sustentável para 18% e em 45% de energias renováveis até 2030, entre outras ações em diferentes setores, como indústria, agricultura e infraestrutura urbana.
"Se o problema não é falta de terra, se o problema não é econômico, o impacto na economia do país, no nosso PIB, é de menos de um 1% e este pequeno impacto pode ser compensado com uma muito pequena diminuição da produtividade, onde está o problema? Porque a gente ainda está discutindo a necessidade de desmatar ou não para o Brasil continuar ou não sendo um grande produtor de alimentos?", questionou Sérgio Sá Leitão.