Analista explica por que aviões americanos não param de sobrevoar fronteiras russas

© Sputnik / Ramil Sitdikov / Acessar o banco de imagensSistema de defesa aérea S-300
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A Força Aérea dos EUA realiza frequentemente operações de reconhecimento perto das fronteiras oeste e norte da Rússia. Em uma conversa com a Sputnik, o diretor do Instituto de Planejamento Estratégico da Rússia, Aleksandr Gusev, explicou o objetivo real dessas manobras.

Ontem (19), foi comunicado que um avião de reconhecimento estadunidense Boeing RC-135U realizou um voo ao longo da fronteira ocidental russa, tendo o portal PlaneRadar publicado inclusive a trajetória do seu deslocamento. A aeronave foi flagrada no espaço aéreo da Lituânia, passando ainda posteriormente pela Letônia e Estónia.

A máxima proximidade da fronteira russa foi cerca de 53 quilômetros.

Boeing RC-135W - Sputnik Brasil
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Esse não é o primeiro caso nos últimos tempos, pois a atividade dos aviões de reconhecimento e drones estrangeiros perto das fronteiras russas aumentou significativamente. O Ministério da Defesa da Rússia apelou repetidas vezes a Washington para parar tais operações, mas o Pentágono se recusa a fazê-lo.

"O objetivo é recolher dados de reconhecimento; os aviões estão recheados de equipamentos de alta resolução, é feita a filmagem dos locais de concentração das nossas Forças Armadas. Esta informação acaba na mesa do chefe do Pentágono, é analisada, avaliada. Deste ponto de vista, esses voos controlam quase toda a fronteira ocidental russa com muitos países, pois esses países fazem parte da Aliança Atlântica, e os aviões norte-americanos são parte do seu potencial estratégico", disse Gusev ao serviço russo da Rádio Sputnik ao comentar a situação.

O especialista adiantou que há cerca de 65 mil militares norte-americanos na Europa e estes "precisam de fazer algo".

"Uma parte bem grande está se ocupando da recolha das informações. Em especial, eles se interessam pelos sistemas S-300, S-400, S-500 e Iskander, pelos pontos de implantação dos nossos mísseis intercontinentais. Mas não os conseguirão alcançar", resumiu.

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