Em entrevista à Sputnik Internacional, o especialista britânico em assuntos do Oriente Médio, Ammar Waqqaf, compartilhou sua opinião quanto à coletiva de imprensa em Haia, em que participou, inclusive, Hassan Diab, garoto filmado durante "ataque químico" em Douma.
O analista definiu o testemunho do garoto como sendo quase uma revolução.
"Pela primeira vez, um 'ataque químico' teve lugar na zona, controlada pelo exército sírio. Pela primeira vez, vimos tais testemunhas, isso é muito significante. Perante nós, há uma pessoa que foi afetada pelo chamado assim ataque químico e que afirma que não houve nada disso", frisou, acrescentando que Hassan Diab abalou toda a narrativa promovida ao longo das últimas duas semanas pelos países ocidentais.
Ele frisou que "já tínhamos ouvido refutações". Contudo, havia pessoas que mesmo antes sabiam que não foi realizado nenhum ataque químico, mas, mesmo assim, apoiaram o golpe contra a Síria.
"Depois ouvimos acusações contra a Rússia e a Síria, como se distorcessem testemunhas. Mas há os que não se importam, já que a OPAQ em nenhuma dos 20 ataques químicos apontou para o autor de algum deles. Acredito que quando especialistas da OPAQ, ao visitarem Douma, afirmarem que não há nada para dizer sobre 'ataque químico', as pessoas vão achar: 'Ok, provavelmente estávamos enganadas, mas nós sabemos que foi Assad e não vamos recuar [de nossa postura]", indicou o especialista.
Ele frisou que os países ocidentais não se importam com as testemunhas.
O analista ressaltou que os países ocidentais tentam se aproveitar de qualquer oportunidade para recordar aos sírios e seus aliados que eles ainda estão no jogo e que seus interesses devem ser levados em consideração.