Os restos de 15 exemplares desta espécie, que pode ter sido a mais antiga do gênero Homo, foram encontrados em 2013 em uma caverna da África do Sul, surpreendendo os especialistas por todo o mundo.Inicialmente, acreditava-se que se tratava do Homo habilis, nosso antepassado direto, mas logo se tornou evidente que era uma espécie desconhecida até então.
As particularidades de seus esqueletos fizeram com que especialistas chegassem à conclusão que não era um elo de nossa cadeia evolutiva mas uma espécie de humano de uma cadeia alternativa. No entanto, tal como o Homo floresiensis e o Homo neanderthalensis, o Homo naledi não sobreviveu até os nossos dias.
Os modelos físicos e virtuais de nosso antigo parente foram apresentados na exposição "O Dia do Elo Perdido: Homo naledi", que decorreu em Moscou.
"Todas as pessoas estão interessadas em conhecer o seu passado. Se conhecermos a vida de nossos antepassados, o passado das espécies alternativas e as razões pelas quais desapareceram do planeta, talvez esta informação ajude a humanidade moderna a sobreviver em um momento crítico", explica o professor da Faculdade de Biologia da Universidade Lomonosov e um dos organizadores do evento, Stanislav Drobyshevsky.
A maior surpresa foi quando os cientistas realizaram a datação dos restos, que mostrou a faixa máxima de 335 mil anos de antiguidade. Isso significa que os Homo naledi viveram no mesmo tempo que nossa própria espécie, o Homo sapiens.
A descoberta coloca perante os especialistas uma série de questões ainda por responder: Como conseguiram sobreviver durante tanto tempo? Por que desapareceram? Como seus restos acabaram ficando em uma caverna onde se pode entrar apenas por um buraco de 20 centímetros?