"A falta de pilotos na Força Aérea do país atingiu um nível crítico", disse ex-militar turco Metin Gurcan em uma entrevista ao jornal Financial Times.
A situação atual preocupa não só as autoridades turcas, mas também seus aliados da OTAN, porque o país ocupa o segundo lugar na aliança em termos de número total de efetivos.
Em primeiro lugar, Ankara aumentou a duração do serviço militar na aviação até 18 anos e ordenou que os pilotos na reserva e da aviação civil reintegrassem a Força Aérea. Para incentivar estas reintegrações e compensar a perda salarial dos pilotos que trabalham para companhias aéreas comerciais, as autoridades turcas decidiram oferecer-lhes vários bônus.
Por outro lado, Ankara planeja castigar os pilotos que desejam contornar o recrutamento, privando-os de licenças de voo por vários anos.
Para mitigar a falta de pessoal, Ankara também pediu à OTAN para enviar instrutores aéreos. No entanto, a Turquia ainda não recebeu nenhum desses profissionais, de acordo com as fontes consultadas pelo Financial Times.
Vários especialistas entrevistados pela mídia não estão certos de que as duras medidas tomadas pelo país ajudem a Força Aérea turca a recuperar.
"A Turquia levará anos para recuperar a experiência perdida", disse Aaron Stein, colaborador do Atlantic Council.