Como aparelhos de pontaria russos acabaram nas mãos de terroristas sírios?

© AP PhotoTerroristas do Daesh disparam de fuzis na cidade de Aleppo, Síria
Terroristas do Daesh disparam de fuzis na cidade de Aleppo, Síria - Sputnik Brasil
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Intensificadores russos de imagem, desenvolvidos para fuzis de precisão, poderiam ter acabado nas mãos de terroristas do Daesh e da Frente al-Nusra somente como troféus militares obtidos nos combates contra o exército sírio, acredita o membro do Conselho Social do Ministério da Defesa, Igor Korotchenko.

O especialista destacou que, primeiramente, a informação deve ser confirmada, pois não há declarações oficiais do Ministério da Defesa ou do comando militar sírio.

Segundo Korotchenko, Rússia controla muito rigorosamente suas exportações. A entrega dos equipamentos militares é realizada apenas se o país-comprador apresentar o certificado do consumidor final.

"Trata-se da garantia governamental oficial de que o armamento russo comprado não será revendido ou fornecido a outra pessoa, exceto ao importador. Além disso, é de destacar que o Serviço Federal de Segurança da Rússia [FSB] também vigia as empresas militares russas, sendo esta mais uma etapa de controle importante", explicou o especialista.

Korotchenko sugeriu que a Rússia possa ter fornecido fuzis de precisão ao exército do governo sírio. 

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"Houve casos quando terroristas se apoderaram de armazéns de armamentos. Em particular, isso ocorreu durante a segunda conquista de Palmira. Naquela época, uma parte dos estoques militares do exército sírio acabou nas mãos deles. Mas não acredito que equipamento militar da Rússia possa ter chegado a algum lugar nas mãos de alguma pessoa sem ter passado pelo controle", concluiu Korotchenko.

Anteriormente, o jornal russo Kommersant escreveu que terroristas do Daesh e Frente al-Nusra usam fuzis de precisão de visão noturna equipados com aparelhos produzidos na Rússia. Não se sabe como eles acabaram na zona de ações militares. As exportações dos aparelhos fora dos países-importadores são proibidas na Rússia. Segundo dados oficiais, nenhum processo criminal sobre a perda dos aparelhos foi iniciado na Rússia. A Síria está investigando o caso.

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