"Na região temos dois países líderes: a Argentina e o Brasil. Seus governos têm investido no desenvolvimento espacial durante décadas e alcançaram muito. A Argentina lançou um satélite de comunicações, o Arsat-1 [16 outubro de 2014]. O Brasil fez grandes progressos no desenvolvimento de tecnologia com os acordos celebrados com a China, especialmente na área de imagens via satélite", disse à Sputnik Mundo Gustavo Henríquez, chefe do projeto PerúSat-1, graças ao qual foi lançado o primeiro satélite de observação do Estado peruano.
Segundo o engenheiro, seu país, o Peru, está em um momento "importante" na história do seu desenvolvimento espacial. Ele se colocou na vanguarda no campo de observação de imagens.
"Temos um satélite que é o mais poderoso na região. Mas estamos bem conscientes de que em outros campos estamos atrasados para competir com os líderes regionais", disse Gustavo Henríquez.
Mas os países da América Latina não estão em competição entre si. "Há uma cooperação incipiente através de mecanismos bilaterais. Isso tem ocorrido particularmente entre Argentina e Brasil. Mas agora que o Peru adquiriu este satélite tão importante, vamos começar abrindo linhas de colaboração com esses países que são fundamentais para nós", explicou ele.
Enquanto na Europa, América do Norte e na Ásia onde os investimentos são "maiores", a América Latina tem uma "presença espacial significativa". A diferença que o especialista destacou, é que o setor privado ainda não tem uma participação tão forte.
"Aqui os Estados dão o impulso principal na área do desenvolvimento espacial, mas se espera uma reação do setor privado. Assim, nós poderíamos começar alcançando níveis adequados de fornecimento de tecnologia própria em vez de importá-la", concluiu Gustavo Henríquez.