Sem dar detalhes das violações cometidas por Nicholls, a entidade informou que a pena tinha como base o artigo 36 do seu código de ética, que proíbe seus funcionários de revelar informações importantes obtidas durante o desempenho de suas atividades.
"Informações mais amplas serão comunicadas após a decisão final entrar em efeito", indicou a Fifa através de seu site oficial. "Os membros da Comissão de Ética e das secretarias são obrigados a manter segredo sobre tudo aquilo que tomaram conhecimento no decorrer de suas funções: principalmente fatos e conteúdos de investigações, deliberações e decisões tomadas".
Ainda de acordo com o artigo citado pela organização, "os membros da Comissão de Ética não podem fazer qualquer declaração em relação aos processos em curso perante a Comissão de Ética. Apenas as decisões finais já notificadas aos destinatários podem ser tornadas públicas".
Harold Mayne-Nicholls, que liderou o grupo de avaliadores que visitaram os países candidatos a sediar os dois próximos Mundiais, chegou a cogitar por um bom tempo a possibilidade de concorrer à presidência da Fifa nas últimas eleições, mas acabou desistindo do pleito. Atualmente, ele está sendo investigado por ter enviado e-mails à Academia de Aspirantes do Catar, especializada na formação de atletas, pedindo vagas para seu filho e seu sobrinho, bem como um emprego para o seu cunhado, como treinador de tênis.
Nicholls foi o responsável pela redação do relatório que atribuiu a pior nota ao Catar na disputa para receber a Copa do Mundo de 2022.