Panorama internacional

Irã e Paquistão pedem ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas contra Israel: 'Aventurismo'

Em um comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira (24), os dois países pediram ao conselho da Organização das Nações Unidas (ONU) que tome medidas contra Israel, dizendo que Tel Aviv tinha como alvo "ilegal" países vizinhos e instalações diplomáticas estrangeiras.
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A declaração, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, foi escrita após a visita de três dias do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ao país, em um momento de tensões elevadas no Oriente Médio.

"Reconhecendo que o ato irresponsável das forças do regime israelense representou uma grande escalada em uma região já volátil, ambas as partes apelaram ao Conselho de Segurança da ONU para que impeça o regime israelense do seu aventurismo na região e dos seus atos ilegais de ataque aos seus vizinhos […]", afirmaram Teerã e Islamabad na declaração, citada pela Reuters.

Segundo a mídia, explosões foram ouvidas na última sexta-feira (19) na cidade iraniana de Isfahan, no que fontes disseram ter sido um ataque das forças de Israel. No entanto, Teerã minimizou o incidente e disse que não tinha planos de retaliação.
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Durante a sua visita ao Paquistão, Raisi foi citado pela agência de notícias oficial iraniana, IRNA, dizendo que qualquer novo ataque israelense ao território iraniano poderia mudar radicalmente a dinâmica e resultar em não restar mais nada do "regime sionista".
O presidente encerrou a sua visita e voou para o Sri Lanka hoje (24), prometendo aumentar o comércio entre o Irã e o Paquistão para US$ 10 bilhões (R$ 51,5 bilhões) por ano.
Os dois países também prometeram aumentar a cooperação comercial e energética, incluindo um importante acordo de implementação de um gasoduto que enfrentou atrasos devido a questões geopolíticas e sanções internacionais.
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No começo deste ano, a república islâmica atacou duas bases no Paquistão do grupo militante Jaish al-Adl. Teerã disse que a ação foi uma retaliação, após, em meados de dezembro de 2023, o grupo invadir delegacias de polícia nas cidades de Chabahar e Rask, na província do Sistão-Baluchistão, o que resultou na morte de 11 agentes iranianos, conforme noticiado.
Na época, Islamabad emitiu um comunicado afirmando que "o Paquistão condena fortemente o ataque de mísseis do Irã no seu território" e que "a violação da soberania pode ter sérias consequências".
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