Panorama internacional

UNRWA acusa militares israelenses de torturarem funcionários para 'confessar' ligações com Hamas

A agência das Nações Unidas disse que Israel aplicou todo o tipo de violência física e psicológica para extrair falsas confissões, e que fez queixas sobre o caso.
Sputnik
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês) acusou as Forças de Defesa de Israel (FDI) de usar tortura, ameaças e coerção para extrair falsas confissões de seus funcionários, detidos em Israel, sobre suas supostas ligações com o Hamas.
O relatório de terça-feira (16) declara que, apesar do fato de estarem desempenhando suas funções oficiais na agência, os funcionários da agência foram espancados severamente e passaram por um procedimento semelhante ao afogamento (waterboarding, em inglês), o que resultou em lesões físicas extremas, por interrogadores que trabalhavam com as FDI.
Segundo eles, também foram espancados por médicos que trabalhavam com o Exército quando foram encaminhados para suposta assistência médica. Além disso, revelaram que foram expostos a ataques de cães.
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Os funcionários da UNRWA afirmam que passaram por vários tipos de abuso verbal e psicológico, inclusive ameaças de estupro e eletrocussão; de assassinato, ferimento ou dano a membros da família, enquanto tinham uma arma na sua mira. Além disso, indica o texto, houve tratamento humilhante e degradante, como serem forçados a se despir e serem fotografados nus, e serem obrigados a manter posições de estresse.

Reclamações dos 2 lados

De acordo com o documento, mais de 1.506 pessoas da Faixa de Gaza foram libertadas pelas FDI após o interrogatório, incluindo 23 membros da equipe da UNRWA e 16 familiares de funcionários do órgão das Nações Unidas. A entidade tinha 13.000 funcionários em Gaza no momento do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
A UNRWA nota que fez queixas oficiais a Tel Aviv sobre o tratamento de seus funcionários nos centros de detenção israelenses.
Israel alega que alguns dos funcionários da agência colaboravam com o Hamas e a Jihad Islâmica, e até mesmo os acusa de envolvimento no ataque original do Hamas, mas sem apresentar provas. Vários países e instituições suspenderam o financiamento da agência após essa acusação israelense.
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