Panorama internacional

Somália expulsa embaixador da Etiópia e ordena fechamento de consulados em meio a tensões, diz mídia

A Somália ordenou a expulsão do embaixador da Etiópia em Mogadíscio, Muktar Mohamed Ware, e o fechamento de dois consulados da Etiópia, de acordo com a Agência Nacional de Notícias da Somália (Sonna, na sigla em inglês).
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Além disso, segundo a agência, Mogadíscio está chamando seu embaixador de volta à cidade para consultas abrangentes no contexto da escalada das tensões diplomáticas com a Etiópia.
A agência informou ainda que o Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Somália ordenou que o embaixador etíope na Somália deixasse o país dentro de 72 horas, acrescentando que "tal ação segue uma resolução do Conselho de Ministros da Somália e é uma resposta direta às recentes ações da Etiópia".
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Entenda o caso

Em janeiro, um dia após a assinatura de um acordo entre a região autoproclamada da Somalilândia e a Etiópia, que dá àquela acesso ao mar, a Somália classificou o acordo como uma "agressão" e garantiu que defenderia a sua soberania "por todos os meios legais".
A Somália não tem planos nem intenção de iniciar uma guerra com a Etiópia depois que esta aumentou a interação com a Somalilândia, afirmou o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud.
No dia 2 de janeiro, a Somália chamou de volta seu embaixador na Etiópia, um dia depois de Adis Abeba ter assinado um memorando de entendimento com a Somalilândia, concedendo à nação sem litoral acesso ao mar Vermelho. Em 6 de janeiro, Hassan Sheikh Mohamud assinou uma lei que anula o acordo entre a Somalilândia e a Etiópia.
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"Não temos planos nem intenções de iniciar uma guerra com a Etiópia […]. Se a Etiópia começar a fazer coisas malucas, precisaremos do apoio de todos os lugares", disse o presidente, citado pela emissora Al Arabiya.
Ele também observou que o memorando de entendimento entre a Etiópia e a Somalilândia é uma violação do direito internacional e "uma ferramenta para recrutar extremistas".
A Somália, localizada no Chifre de África, entrou em colapso como nação unificada em 1991, com a queda da ditadura de Siad Barre. A comunidade internacional reconheceu o governo federal com sede em Mogadíscio como a única autoridade legítima na Somália, enquanto partes do país no norte e no leste permanecem sob o controle das autoproclamadas e não reconhecidas Somalilândia e Puntlândia.
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