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Integrar estados e forças é vital para combater crime organizado no país, diz tenente-coronel da PM

Nesta quarta-feira (3), durante o segundo dia da LAAD Security & Defence 2024, realizada em São Paulo, o coordenador do Centro Integrado de Inteligência da Região Sudeste (CIISPR-SE), tenente-coronel Roberto Luís Gonzaga dos Anjos, defendeu a integração entre estados brasileiros e forças de segurança pública para combater o crime organizado.
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Segundo o agente da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é preciso que haja uma "integração de dados", de forma a conectar diferentes unidades federativas em um mesmo objetivo.
Durante o seminário no evento, Anjos afirmou que facções criminosas já têm uma integração estadual, com membros baseados em diferentes localidades do território brasileiro, o que dificulta o combate a tais organizações. "Essa integração é possível e tem um potencial muito grande. É só as agências de inteligência descobrirem e usarem."
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O CIISPR-SE é coordenado pelo Ministério da Justiça de Segurança Pública e reúne representantes das forças de segurança paulista e dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais para a "realização de trabalho conjunto no combate a crimes violentos e organizado".
O coordenador do Centro Integrado de Inteligência da Região Sudeste (CIISPR-SE) e tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Roberto Luis Gonzaga dos Anjos. 3 de abril de 2024.
A rede foi uma parceria criada em 2018, culminando na criação de centros integrados em diferentes regiões do Brasil. Segundo Anjos, o principal objetivo é integrar bancos de dados compartilhados para produzir conhecimento de inteligência e fornecer informações úteis aos gestores de segurança pública.

"A busca é justamente isto: integrar as instituições de segurança pública, tanto federais quanto estaduais quanto municipais, dando um retorno, produzindo conhecimento de inteligência […]. O objetivo principal é integrar bancos de dados, compartilhados, sendo utilizados em prol da segurança pública, com a consequência principal que é o bem-estar da sociedade", disse à Sputnik Brasil.

Questionado sobre o papel do centro no contexto das fronteiras e do combate às facções criminosas, ele ressaltou a atuação do Centro Integrado de Operações e Fronteiras (CIOF), que realiza consultas contínuas em bancos de dados para obter informações sobre indivíduos, veículos e movimentações na região fronteiriça, incluindo mandados de prisão.

"Essa célula trabalha continuamente na busca de informações, por meio dos bancos de dados disponíveis pela rede, de informações sobre indivíduos, veículos e, em forma geral, a tramitação na fronteira, entrada e saída nas fronteiras. Essas consultas são contínuas, principalmente em relação a mandados de prisão de indivíduos, e já tivemos resultados muito positivos com relação a isso."

Sobre a integração da Carteira de Identidade Nacional (CIN), que substituirá o Registro Geral (RG) — e terá um sistema de identificação integrado em todo Brasil —, ele é otimista, acreditando que a nova forma de identificação poderá facilitar o acesso às informações dos cidadãos, contribuindo para a segurança pública de forma geral.
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