Foi destacado um crescimento nos suprimentos durante os meses de inverno europeu de 2024 em comparação com o ano anterior, atribuído à diminuição das compras de gás natural liquefeito (GNL) e às incertezas em torno do trânsito de gás através da Ucrânia, previsto para cessar a partir de 2025.
De acordo com dados da Rede Europeia de Operadores de Sistemas de Transporte de Gás (ENTSOG) e da Gazprom, desde o início do ano, as exportações de gás russo para o Ocidente aumentaram em 40% através do fluxo turco e cerca de 23% através do sistema de transporte de gás ucraniano.
Isso resultou em um total de aproximadamente 5,8 bilhões de metros cúbicos de gás fornecidos para a UE e Turquia durante as primeiras dez semanas deste ano, divididos igualmente entre as duas rotas.
Embora o fornecimento de gás via gasoduto da Rússia esteja crescendo, a UE registrou uma redução nas importações totais de gás natural no início de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo Belova.
No entanto, ela também observou que, devido a um ambiente de preços favorável, a demanda por gás na região é esperada para aumentar ao longo do ano.
Atualmente, o gás russo — que também é enviado à Ásia, sobretudo a China — é fornecido à Europa através de dois pontos de entrada no sistema de transporte de gás ucraniano e via Turquia, aonde chega através do TurkStream (Corrente Turca) e do Blue Stream.
O gás que atravessa a Ucrânia abastece principalmente países do Leste Europeu, como Eslováquia, Áustria e Hungria, enquanto através da Turquia, são firmados contratos de longo prazo com países como Bulgária, Sérvia, Hungria, Bósnia e Herzegovina, Grécia, Macedônia do Norte e Romênia.