Panorama internacional

Lavrov: 'partido da guerra' na Europa ainda é forte, eles não mudam sua direção

As declarações do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, e do presidente francês, Emmanuel Macron, mostram que o "partido da guerra" não quer mudar seu trajeto para "infligir uma derrota estratégica à Rússia", disse o chanceler da Rússia Sergei Lavrov em uma coletiva de imprensa após o Fórum Diplomático de Antália, na Turquia.
Sputnik
"A situação indica claramente que o 'partido da guerra' na Europa continua sendo muito forte [...]. As últimas declarações de Macron e Austin, e a conversa dos generais alemães, mostram que o 'partido da guerra' não quer mudar de forma nenhuma a sua direção para infligir uma derrota estratégica na Rússia no campo de batalha. Nós entendemos isso", disse ele.
Não houve propostas de negociações sobre a Ucrânia que levassem em conta os interesses da Rússia, observou Lavrov.
"A Rússia nunca se recusou a negociar", disse o ministro das Relações Exteriores russo, respondendo a uma pergunta sobre a plataforma de negociação proposta pela Turquia.
Segundo ele, após os acordos de Istambul de abril de 2022, que Kiev se recusou a implementar, não houve "quaisquer apelos sérios" à Rússia sobre as negociações. "Sérios – quero dizer, propostas que realmente visam garantir os interesses legítimos das partes envolvidas", disse o ministro das Relações Exteriores.
O chefe da diplomacia russa disse também que Moscou não está vendo a boa vontade do Ocidente para a resolução do conflito na Ucrânia.
"Não temos falta de boa vontade [para um acordo de paz]. Vemos uma falta de boa vontade do outro lado. Não é tanto boa vontade, o que vemos é falta de compreensão dos acontecimentos do outro lado", observou Lavrov.
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Ele lembrou a recente declaração do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, que se a Ucrânia for derrotada a OTAN será forçada a enfrentar a Rússia, bem como a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar tropas terrestres para o território da Ucrânia.
"Essas tendências no Ocidente, entre a liderança ocidental, claro, anulam todas as alegações de que o Ocidente está interessado em algum tipo de solução política [...]. Há fatos mais que suficientes de que o Ocidente está levando o caminho para uma solução militar", ressaltou o chanceler.
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