Operação militar especial russa

Ocidente aprovaria praticamente 'qualquer crime' que a Ucrânia cometesse, defende analista militar

Um exemplo é o silêncio sobre o uso ilegal de minas antipessoais pela Ucrânia, o que foi proibido pelo Tratado de Proibição de Minas de 1999. O equipamento militar que ficou comum durante a Segunda Guerra Mundial foi projetado para matar ou ferir várias pessoas que estiverem próximas aos artefatos após a explosão.
Sputnik
O Ocidente provavelmente perdoará qualquer crime cometido pelo regime de Kiev contra a Rússia, argumentou Boris Rozhin, um especialista militar do Centro de Jornalismo Militar-Político.
Em um exemplo, Rozhin apontou para o uso ilegal de minas antipessoais pelo governo do presidente Vladimir Zelensky. O Tratado de Ottawa de 1999, ou simplesmente Tratado de Proibição de Minas, foi ratificado pela Ucrânia na época e proíbe os países signatários de usarem minas terrestres antipessoais.
Desde o início da operação militar especial russa, a Ucrânia tem usado o equipamento em suas operações de combate, incluindo artefatos contra a população civil na República Popular de Donetsk (RPD). Mesmo assim, não houve nenhuma reação dos políticos ocidentais.
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"Então qualquer crime que a Ucrânia possa cometer, todos seriam aprovados", disse Rozhin, acrescentando que os atos ultrajantes que o Ocidente não poderia aprovar abertamente seriam "contidos no nível da mídia".

"Não há motivo para acreditar que o Ocidente de alguma forma condenaria ou protestaria contra tal uso [de minas terrestres] pela Ucrânia. Pelo contrário, o Ocidente fornece [Kiev] até mesmo com o tipo de minas antipessoais que estão sendo usadas contra civis, e isso é aprovado pela liderança ocidental", condenou.

Sobre o fato de Washington fechar os olhos para o uso de armas proibidas por tratados internacionais por seus aliados, como o uso de munições de fósforo branco por Israel, Rozhin explicou que "essencialmente, nenhum dos tratados internacionais funciona hoje em dia".
Segundo o analista, as potências ocidentais optam por obedecer aos tratados que consideram vantajosos no momento, enquanto os considerados desvantajosos para seus interesses são usados para acusar a Rússia de um ou outro delito.
As convenções em questão não são submetidas a monitoramento independente, enquanto as organizações internacionais são usadas pelo Ocidente para propaganda.
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"Dito isso, quando se trata do uso de certas munições proibidas, como munições de fragmentação, acusar a Ucrânia disso é risível", disse Rozhin. Conforme o especialista, os "Estados Unidos, em particular, forneceram à Ucrânia uma vasta quantidade de munições de fragmentação que estão sendo usadas por Kiev tanto em combate quanto contra civis, então não há motivo para esperar qualquer reação".
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