Operação militar especial russa

Ministro da Defesa francês garante que quaisquer forças da OTAN na Ucrânia seriam para treinamento

O responsável pela Defesa francês avaliou a ideia de enviar tropas da Aliança Atlântica para a Ucrânia, e não se pronunciou contra o fornecimento de mísseis de longo alcance a Kiev.
Sputnik
O ministro das Forças Armadas da França disse na noite de terça-feira (27) que qualquer potencial presença militar europeia na Ucrânia seria em funções de não combate, e não para lutar contra os russos.
"Deixe-me ser claro, porque eu posso ver a maneira como as coisas estão acontecendo nas redes sociais e na mídia, não se trata de enviar tropas para travar uma guerra contra a Rússia", declarou Sébastien Lecornu, em uma audiência do comitê de defesa da Assembleia Nacional francesa em Paris.
Os países reunidos em Paris discutiram "como fazer as coisas de forma diferente" em termos de ajuda à Ucrânia, e várias ideias foram colocadas sobre a mesa, principalmente em relação à remoção de minas na Ucrânia e ao treinamento local das tropas, disse Lecornu durante a audiência, explicando que não houve consenso sobre as ideias durante a reunião.
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Em vez de treinar as tropas ucranianas na Polônia, uma possibilidade discutida foi o treinamento em território ucraniano, longe da linha de frente, pois Kiev enfrentará maiores necessidades de treinamento para as tropas que serão recrutadas "em um futuro próximo", explicou o ministro.
As tropas ucranianas também têm sido treinadas no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Espanha e em outros países.
O alto responsável francês sugeriu que o fornecimento de mísseis de longo alcance Taurus pela Alemanha ajudaria a Ucrânia, mas cabe a Berlim tomar essa decisão, que até agora tem sido rejeitada tanto por Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, como pelo parlamento alemão. Quanto aos mísseis britânicos Storm Shadow e franceses SCALP, eles não teriam resultado em uma "lógica de escalada".
Emmanuel Macron, presidente da França, recomendou na segunda-feira (26) enviar militares da OTAN para a Ucrânia, algo que levantou as sobrancelhas de vários Estados-membros da aliança, e provocou um aviso de escalada por parte de Moscou.
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