Panorama internacional

UE sugere pela 1ª vez que ativos da Rússia congelados sejam aplicados para uso militar na Ucrânia

A União Europeia deveria considerar usar os lucros dos ativos russos congelados para comprar suprimentos militares para Kiev, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quarta-feira (28).
Sputnik
Para von der Leyen, o bloco europeu deveria utilizar os lucros de mais de US$ 200 bilhões (R$ 989 bilhões) de ativos russos para financiar munições e equipamentos militares.

"É hora de iniciar uma conversa sobre a utilização dos lucros inesperados dos ativos russos congelados para comprar conjuntamente equipamento militar para a Ucrânia", disse ela ao Parlamento Europeu em um discurso em que instou a UE a "fazer mais" na política de defesa, segundo o Politico.

Desde o começo da operação russa na Ucrânia que lideranças europeias sugerem transformar os ativos em verbas para reconstruir o país, no entanto, a declaração de hoje (28) é a primeira em que munições e equipamentos militares são citados como uma possibilidade de compra.
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À medida que o conflito avança para o terceiro ano, o Exército ucraniano está ficando sem munições de artilharia, o que leva a comissão a procurar formas alternativas de angariar dinheiro para compras militares, analisa a mídia.
"Não poderia haver símbolo mais forte e maior utilidade para esse dinheiro do que tornar a Ucrânia e toda a Europa um lugar mais seguro para se viver", afirmou a presidente, acrescentando que a ameaça de guerra para o bloco europeu "pode não ser iminente, mas não é impossível".
No final de janeiro, os países-membros do bloco concordaram em transferir os rendimentos dos ativos imobilizados da Rússia na Europa para uma conta separada, e agora são mantidos no depósito de títulos Euroclear, com sede em Bruxelas.
No dia 17 deste mês, os Estados Unidos transferiram US$ 500 mil (R$ 2,4 milhões) em fundos russos confiscados à Estônia para serem utilizados na Ucrânia, conforme noticiado.
O Ministério das Relações Exteriores russo, através da representante oficial Maria Zakharova, afirmou em janeiro que o plano de Washington e do bloco europeu para confiscar ativos russos é a "pirataria do século XXI" e que a ação teria "resposta dura da Rússia".
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