Panorama internacional

Taxa de nascimentos no Japão atinge mínimo histórico que era previsto para ser alcançado só em 2035

Em mais uma queda consecutiva, o número de bebês nascidos no Japão no ano passado registrou uma queda de 5,1%, conforme dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde do país.
Sputnik
Em todo o ano passado, nasceram 758.631 pessoas no Japão, o menor número já registrado pelas estatísticas oficiais. Conforme o levantamento, foram 41 mil nascimentos a menos quando comparado a 2022, o que representa a maior queda que o país já viu desde o início dos registros.
Inicialmente, o Instituto Nacional de Pesquisa da População e da Segurança Social do Japão previa que o país chegaria à marca de menos de 760 mil nascimentos anuais só em 2035. Porém, o número foi atingido 11 anos antes, o que preocupa as autoridades locais.
Quase 2,7 milhões de pessoas nasceram no Japão no final dos anos 1940, seguido por outro boom de bebês de magnitude similar na década de 1970. A população do país vem diminuindo desde então, com a taxa de natalidade caindo abaixo de 1 milhão já a partir de 2016.
Há um problema no Japão mais importante do que a disputa territorial

Maior concentração de população idosa do planeta

O Japão é o país com a maior população idosa do planeta: uma a cada dez pessoas possuem 80 anos ou mais. Já o índice de habitantes com mais de 65 anos ultrapassa 29%. No Brasil, o índice é de quase 11%.
Esse é um dos principais desafios do país que, segundo especialistas, convive com uma "bomba-relógio" por conta do rápido envelhecimento populacional. A taxa de nascimento por mulher no país é de apenas 1,26, o menor do planeta.
Além de provocar escassez de mão de obra e até queda no crescimento econômico, o alto percentual de idosos aumenta consideravelmente os custos do governo com a previdência social e a saúde. Neste ano, o Japão aprovou um orçamento recorde para as duas áreas.
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