Panorama internacional

'As crises não podem ser solucionadas em algumas horas': Macron confronta protesto de agricultores

A crise agrária na Europa não pode ser resolvida em poucas horas, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, neste sábado (24). Pouco antes, agricultores insatisfeitos com as políticas do governo do país atacaram um pavilhão de exposição agrícola, na capital francesa, onde o presidente participava de um evento.
Sputnik
"A crise agrária não pode ser resolvida em poucas horas. Não será resolvida durante esta feira", declarou Emmanuel Macron na exposição, inaugurada no Centro de Exposições Porte de Versailles, em Paris.
A reação acontece após Macron cancelar um debate agendado com sindicatos de agricultores e grupos ambientalistas na feira, às vésperas do evento.
No entanto, o líder francês teve algumas conversas com agricultores e comprometeu-se a reforçar os controles nas negociações sobre os preços dos alimentos, tanto a nível nacional como europeu. Ele destacou, ainda, a importância de a Europa manter a sua força agrícola durante a transição para modelos mais sustentáveis.
Macron também anunciou ajuda financeira de emergência para agricultores em dificuldades e agendou uma reunião com representantes agrícolas dentro de três semanas para consolidar medidas e compromissos para futuros avanços.
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Nas últimas semanas, os protestos dos agricultores aumentaram em diferentes países da União Europeia. A França é um dos principais palcos das grandes manifestações de produtores, que bloqueiam estradas com tratores, pilhas de feno e de esterco, jogam lixo nas sedes administrativas, para exigir reconhecimento da importância do seu trabalho e condenando a atual política agrícola aplicada pelo governo, que, segundo eles, diminui sua competitividade.
Os agricultores protestam, em particular, contra as importações baratas da Ucrânia, contra as restrições impostas à utilização da água necessária para a irrigação, o aumento do custo do diesel e as medidas restritivas relacionadas com a proteção ambiental.
Agricultores de Espanha, Alemanha, Itália, Bélgica, Polônia, Romênia e Países Baixos também se opõem a diversas políticas ambientais que consideram prejudiciais aos seus interesses.
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