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Ministério Público investiga possível racha na cúpula do PCC após expulsão de 3 membros

A expulsão de três supostos membros da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país, se tornou alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). É o que aponta uma mensagem interceptada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), subordinado ao MPSP.
Sputnik
A informação foi divulgada pela Agência Brasil nesta quinta-feira (22). "Estamos excluindo e decretando o Tiriça, Abel e Andinho. Motivo da exclusão: calúnia e traição", revela texto divulgado pela agência.
Conforme a investigação, seriam expulsos três membros do alto escalão da facção criminosa: Roberto Soriano, o Tiriça; Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka; e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

"A mensagem interceptada pelo GAECO é assinada por S.F., possível alusão ao termo Sintonia Fina, que o PCC usa para designar os membros responsáveis por coordenar as ações internas e os comunicados aos seus membros — órgãos públicos também já empregaram o termo para batizar mais de uma operação contra a facção. Na linguagem do crime organizado, decretar significa uma sentença de morte", acrescenta a publicação.

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Expulsão teve origem após divulgação de áudios

A crise entre a cúpula da facção criminosa começou após a divulgação de conversas gravadas entre um dos líderes mais conhecidos do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e policiais penais federais.
Na ocasião, o criminoso teria chamado Tiriça de "psicopata", ao se referir ao assassinato ordenado pelo membro de uma psicóloga que atuava na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), onde este cumpria pena.
Como reação, Tiriça se juntou a Abel e Andinho para jurar Marcola de morte. Isso teria levado à reação da cúpula de decretar a expulsão do trio, apesar de admitir que a divulgação foi realizada pela promotoria com o objetivo de desestabilizar a facção criminosa.
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