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ONGs 'já constituem um verdadeiro Estado paralelo', diz ex-ministro da Defesa do Brasil

Nos últimos tempos, a atuação de ONGs tem sido alvo de exames minuciosos, que ganharam ainda mais atenção após o surgimento de notícias sobre o suposto envolvimento da Transparência Internacional com a operação Lava Jato, cujas ações estão sendo investigadas por ordem de Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sputnik
Para Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff (2015–2016) e atual secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, esse vínculo entre a Transparência Internacional e os atores da Lava Jato, operação de lawfare que teve papel no impeachment de Dilma, então presidente, em 2016, não é nenhuma surpresa. "O que há, na verdade, é a vinculação de todos eles a interesses internacionais", disse à Sputnik Brasil.
As ONGs, explica o politico, surgem como instrumento do colonialismo no século XIX, "para desempenhar atividades que não poderiam ser assumidas abertamente pelos governos e Estados coloniais". Entre as instituições iniciais desse modo de controle estão as britânicas Sociedade de Antropologia e Sociedade Geográfica, que tiveram papel ativo na exploração do continente africano e sua consequente partilha entre as potências europeias.
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"No caso do Brasil", afirma Rebelo, "as ONGs financiadas do exterior já constituem um verdadeiro Estado paralelo atuando na Amazônia brasileira".
O ex-ministro da Defesa destaca que na Amazônia atuam organizações humanitárias e filantrópicas que "com seu trabalho preenchem as lacunas deixadas pelo Estado nacional brasileiro", mas sua denúncia toca outros tipos de ONGs.

"Falo das ONGs vinculadas aos interesses internacionais e que estão na Amazônia não em busca do nosso bem, mas em busca dos nossos bens, como advertiu há séculos o sábio Padre Antônio Vieira."

Financiadas por grupos privados ou fundações paraestatais "ligadas aos interesses dos EUA e da Europa Ocidental", essas ONGs atuam sob o véu da proteção ao meio ambiente, a populações indígenas e a outras minorias, afirma Rebelo. "Seus recursos são vastos e contam geralmente com a proteção da mídia oficial."
"É o uso de causas justas e humanitárias em favor de objetivos que nem sempre são justos, e muito menos humanitários", afirmou. Dessa forma, as organizações não governamentais enfeitiçam jovens de classe média, educados e "movidos muitas vezes por sentimentos nobres", como aqueles pelo meio ambiente, pela democracia e pelos direitos humanos.

"Dessa forma, elas atuam para fragmentar as sociedades nacionais, fabricar conflitos e desestabilizar governos a serviço de interesses que procuram permanecer nas sombras."

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