Panorama internacional

Fornecimento de gás russo para a França aumentou 41% entre janeiro e setembro de 2023

O fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia para a França aumentou 41% nos nove primeiros meses de 2023 (janeiro-setembro), informou o diretor do primeiro departamento europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Artyom Studennikov, em entrevista à Sputnik, neste sábado (10).
Sputnik

"No final de 2022, a Rússia passou a ser o segundo maior fornecedor de gás natural para a França, depois dos Estados Unidos, devido à importação de GNL russo. Entre janeiro e setembro de 2023, as compras francesas do gás russo excederam o mesmo período de 2022 em 41%", disse ele.

A autoridade russa acrescentou que o principal ponto de recepção das remessas russos de gás liquefeito foi o terminal de Montoir-de-Bretagne, que recebeu 1,68 bilhão de metros cúbicos em 2022, e 0,89 bilhão de metros cúbicos de GNL no primeiro semestre de 2023.
Anteriormente, o jornal The Telegraph, citando dados do Eurostat, informou que os países da UE compraram mais de metade das exportações de GNL da Rússia em 2023, sendo a Espanha e a França seus maiores compradores depois da China.
A Espanha comprou GNL russo no valor de € 1,8 bilhão (cerca de R$ 9,6 bilhões) nos primeiros nove meses de 2023, de acordo com estatísticas da UE. A França ficou em segundo lugar na UE neste indicador, comprando GNL russo por € 1,5 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões). A Bélgica, a seguir, gastou € 1,36 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões) para os mesmos fins.
Panorama internacional
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O mercado europeu tem sido historicamente o principal para os produtores de gás russos; em anos recentes, o fornecimento de gás aos países europeus atingiu 150 bilhões de metros cúbicos ou mais.
No entanto, em 2022 – após a destruição física dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte), bem como as sanções contra rotas alternativas de abastecimento – as exportações da Rússia diminuíram significativamente.
O fornecimento de gás da Gazprom a países não pertencentes à CEI no final de 2022 caiu aproximadamente 85 bilhões de metros cúbicos, para 100,9 bilhões. Quase todo este declínio ocorreu na UE.
Além disso, a UE, o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e os aliados impuseram inúmeras restrições à Rússia em função do conflito na Ucrânia.
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