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Espiões chineses hackearam defesas dos aliados da OTAN, diz inteligência dos Países Baixos

Hackers chineses apoiados por Pequim obtiveram acesso a uma rede militar holandesa no ano passado, disseram agências de inteligência dos Países Baixos na terça-feira (6).
Sputnik
Os espiões cibernéticos plantaram software malicioso, ou malware, dentro de uma rede das Forças Armadas usada por 50 pessoas para pesquisa e desenvolvimento não confidenciais, informou a agência de inteligência militar do país em um relatório citado pela Newsweek.

"O Serviço Militar de Inteligência e Segurança [MIVD, na sigla em holandês] expôs a ciberespionagem chinesa nos Países Baixos. O serviço descobriu malware chinês sofisticado que torna isso possível. Um ator estatal chinês é responsável por isso. O MIVD determina o fato com base em suas próprias informações", dizia o relatório.

É a primeira vez que os Países Baixos atribuem publicamente a espionagem cibernética à China, à medida que crescem as tensões de segurança nacional entre os dois países.
"O MIVD e o Serviço Geral de Inteligência e Segurança [AIVD, na sigla em holandês] enfatizam que este incidente não é independente, mas faz parte de uma tendência mais ampla de espionagem política chinesa contra os Países Baixos e os seus aliados", afirmou o relatório.
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Em um comunicado emitido nesta quinta-feira (8), a Embaixada da China nos Países Baixos disse que "a China sempre se opõe firmemente e reprime os ataques cibernéticos em todas as formas, de acordo com a lei".
"Não permitiremos que nenhum país ou indivíduo que utilize a infraestrutura chinesa se envolva em tais atividades ilegais", disse a embaixada, acrescentando que Pequim "opõe-se a quaisquer especulações maliciosas e acusações infundadas".
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