Panorama internacional

Brasil e Índia devem ser membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, defende Rússia

O representante permanente da Rússia na ONU crê que o Conselho de Segurança da entidade seria mais eficaz com a presença de mais países em desenvolvimento, seja de modo permanente ou não permanente.
Sputnik
A Índia e o Brasil são sérios candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), e a reforma desse órgão está se tornando cada vez mais premente, disse o representante permanente da Rússia na ONU em Genebra em entrevista à Sputnik.

"Para melhorar a eficácia do Conselho de Segurança, é necessário aumentar a representação dos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina. Consideramos o Brasil e a Índia fortes candidatos a assentos permanentes no conselho no caso de uma decisão sobre sua expansão, tanto na categoria de membros permanentes quanto não permanentes", contou Gennady Gatilov.

Para Gatilov, a reforma do Conselho de Segurança da ONU está se tornando "cada vez mais necessária" para lidar com a sub-representação dos países em desenvolvimento, enquanto o Ocidente está super-representado.
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"A arquitetura atual da governança global não corresponde totalmente às realidades geopolíticas. Elas devem levar em conta o surgimento de novos centros de influência política e econômica no mapa mundial, contribuir para a construção de uma ordem mundial mais justa e democrática, fortalecendo o verdadeiro multilateralismo nos assuntos internacionais", acredita o diplomata.
O Conselho de Segurança da ONU é uma estrutura permanente da organização, que é a principal responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais.
Quinze países, ou seja, cinco membros permanentes e dez temporários, sempre têm assento no Conselho de Segurança. Os membros permanentes são a China, os EUA, a França, o Reino Unido e a Rússia, que têm o direito de veto. Os dez membros restantes do CSNU são eleitos para mandatos de dois anos.
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