Panorama internacional

ONU investiga ligação de funcionários com ataque do Hamas; Itália e Canadá cortam verba à agência

Seguindo os Estados Unidos e a Austrália, Roma e Ottawa decidiram cortar a verba destinada à agência palestina das Nações Unidas enquanto uma investigação é aberta para apurar suposta participação de funcionários no ataque do Hamas a Israel.
Sputnik
Na sexta-feira (26), a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA) lançou uma investigação sobre as alegações de Israel de que vários funcionários da agência estiveram envolvidos nos ataques do Hamas de 7 de outubro a Israel.

"As autoridades israelenses forneceram à UNRWA informações sobre o suposto envolvimento de vários funcionários da agência nos horríveis ataques a Israel em 7 de outubro. Para proteger a capacidade da agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e lançar uma investigação a fim de estabelecer a verdade sem demora", afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.

A União Europeia disse estar "extremamente preocupada" com as acusações e os Estados Unidos declararam que estão revendo "estas alegações e as medidas que as Nações Unidas estão tomando para as resolvê-las".

"O seu trabalho salvou vidas e é importante que a UNRWA aborde estas alegações e tome quaisquer medidas corretivas apropriadas, incluindo a revisão das suas políticas e procedimentos existentes", disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, citado pelo Politico.

Anteriormente, Washington e a Austrália suspenderam o financiamento para UNRWA. Neste sábado (27), a Itália e o Canadá se juntaram aos outros dois países.
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O chanceler italiano, Antonio Tajani, disse em sua conta no X que Roma estava deixando de ajudar a agência. Já o ministro de Desenvolvimento Internacional canadense, Ahmed Hussen, afirmou que "o Canadá está levando esses relatos extremamente a sério, e estamos acompanhando de perto a UNRWA e outros doadores nessa questão", afirmou Hussen segundo o UOL.
O Ministério da Saúde de Gaza disse ontem (26) que o número de mortos no território subiu para mais de 26 mil pessoas, com mais de 64.400 feridos em mais de três meses de guerra. Do lado israelense, cerca de 1.350 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
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