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Delegado da PF investigado por esquema de espionagem na Abin é exonerado

O delegado da Polícia Federal (PF) Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho foi dispensado de suas funções como coordenador de aviação operacional da Coordenação Geral de Apoio Operacional da Diretoria Executiva da corporação.
Sputnik
A medida foi assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública substituto, Diego Galdino. A decisão ocorre em meio a investigações que apontam a participação de Carlos em um esquema de espionagem irregular dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Na época em que Alexandre Ramagem era diretor-geral da agência, Carlos ocupava o cargo de secretário de Planejamento e Gestão.
Ex-diretor da Abin, Ramagem ocupa atualmente cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro, pelo Partido Liberal (PL). Ele foi alvo da operação Vigilância Aproximada, da PF, realizada na última quinta-feira (25).
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Mídia: PF apreende celulares e notebooks pertencentes a Abin na casa do ex-diretor Ramagem
A investigação aborda a possível "instrumentalização" da Abin para monitorar ilegalmente diversas autoridades, pessoas envolvidas em investigações e desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O crime em questão envolveria o uso do software First Mile, uma ferramenta de geolocalização que permitia identificar as movimentações de pessoas através de seus celulares.
Segundo as investigações, Ramagem e Carlos Afonso agiram para evitar a divulgação da irregularidade, interferindo em apurações disciplinares e anulando um processo administrativo disciplinar relacionado ao tema.
A operação da PF, autorizada por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que o sistema de monitoramento foi utilizado de fevereiro de 2019 a abril de 2021.
O relatório de Moraes destaca a atuação da "alta gestão" da Abin, incluindo Ramagem e Carlos Afonso, na tentativa de dar aparência de legalidade ao uso irregular do software.
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