Panorama internacional

Iraque e EUA vão iniciar discussões para retirada de tropas lideradas pelos norte-americanos

Em meio ao crescimento das tensões internas, o Iraque e os Estados Unidos vão iniciar as discussões para um cronograma de redução da presença de tropas da coalizão liderada pelos norte-americanos no país, responsável por combater o Daesh, também conhecido como Estado Islâmico (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Sputnik
O governo iraquiano tem criticado os constantes ataques da coalizão liderada pelos EUA contra grupos apoiados pelo Irã presentes no país, em resposta aos ataques a bases norte-americanas.
Conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Iraque, o grupo de trabalho formado pelos dois países será responsável por elaborar "um cronograma específico e claro, além de começar a redução gradual de seus conselheiros em solo iraquiano".
Porém, o avanço ou não da retirada vai depender da avaliação da "ameaça representada pelo EI e seu perigo", bem como do "reforço das capacidades das forças de segurança iraquianas", disse a pasta à AFP.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, também confirmou que encontros serão realizados nos próximos dias para discutir a questão, além da capacidade das Forças de Segurança do Iraque assumirem o papel de combate à organização terrorista.
Só no Iraque, há cerca de 2,5 mil soldados norte-americanos e outros 900 na Síria para apoiar a coalizão, lançada ainda em 2014.
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Tensões com o governo do Iraque

O governo do primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, condenou o aumento dos ataques coordenados pela Casa Branca no país e pediu a saída das tropas. O enterro de um dos combatentes mortos pelos EUA reuniu centenas de pessoas pró-Irã em Bagdá.
A pressão internacional também é grande: em visita ao país nesta quinta-feira (25), o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, defendeu que os ataques precisam parar.

"Estamos extremamente preocupados com os constantes ataques contra bases militares internacionais", disse Albares, cujo país tem mais de 300 militares na localidade. "Estamos aqui a pedido do governo do Iraque, e sairemos quando o governo do Iraque considerar", finalizou.

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