Panorama internacional

Mídia: Burundi fecha fronteira com Ruanda, acusa país de apoiar rebeldes e deporta ruandeses

A decisão de suspender as relações diplomáticas com Ruanda foi anunciada nesta quinta-feira (11) pelo ministro do Interior de Burundi, Martin Niteretse.
Sputnik

"Paul Kagame [presidente da Ruanda] é um péssimo vizinho. Suspendemos todas as relações com ele até que ele recupere o bom senso. Ele está abrigando criminosos que estão desestabilizando Burundi", disse o ministro durante uma reunião com autoridades da segurança do país, informou o portal ABC News.

Segundo a mídia, Niteretse afirmou também que estava deportando cidadãos ruandeses. "Todas as fronteiras estão fechadas. Não precisamos de ruandeses aqui, e mesmo aqueles que estavam no nosso território, nós os expulsamos", disse.
A suspensão das relações diplomáticas entre os países acontece após, em discurso feito no mês passado, o presidente de Burundi, Évariste Ndayishimiye, acusar Ruanda de apoiar rebeldes de Burundi conhecidos como RED-Tabara, considerado grupo terrorista por Burundi.
Os rebeldes assumiram a responsabilidade de um ataque em dezembro do ano passado, que matou dez oficiais em Burundi. O governo, por sua vez, afirma que 20 pessoas foram mortas, sendo a maioria civis.
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A porta-voz do governo de Ruanda, Yolande Makolo, disse, em um comunicado, que a decisão de Burundi foi infeliz e viola os princípios de cooperação regional da África Oriental. Ruanda, inclusive, já negou anteriormente apoiar os rebeldes.
Esta não é a primeira vez que Burundi fecha a fronteira com Ruanda, destacou a mídia. Em 2015, durante a violência política sucedida após a disputada reeleição do então presidente Pierre Nkurunziza, a fronteira foi fechada, pois autoridades de Burundi acusaram Ruanda de acolher os manifestantes que tentaram um golpe. A fronteira só voltou a ser aberta em 2022.
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