Panorama internacional

Irã detém suspeitos de terem participado do ataque terrorista de Kerman

A inteligência do país deteve várias pessoas que poderiam ter executado o ataque, que provocou cerca de 400 vítimas, tanto mortos como feridos.
Sputnik
O Irã deteve várias pessoas envolvidas nas explosões perto do cemitério em Kerman, anunciou o ministro do Interior do país, citado pela agência iraniana IRNA.
"Os sistemas de inteligência foram capazes de encontrar boas pistas. Várias pessoas envolvidas no incidente foram detidas e suas informações serão anunciadas posteriormente pelos serviços de segurança", disse Ahmad Vahidi.
De acordo com relatos, 89 pessoas foram mortas no ataque, 12 das quais eram crianças de menos de 15 anos de idade. Um total de 284 pessoas ficaram feridas.
O incidente ocorreu durante as procissões de luto para comemorar o quarto aniversário da morte do general Qassem Soleimani. De acordo com a agência iraniana Tasnim, as explosões ocorreram na entrada do Mausoléu Gulzar, em um cemitério. Foram encontrados no local dois sacos com bombas, que provavelmente foram detonadas por um dispositivo remoto.
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Em resposta, o governo iraniano declarou a quinta-feira (4) um dia de luto nacional, enquanto Ebrahim Raisi, presidente do país, adiou uma visita à Turquia planejada para a sexta-feira (5), e prometeu que os autores do ataque terrorista seriam encontrados e punidos. Ali Khamenei, líder supremo do Irã, também deixou claro que os autores do ataque receberão uma punição justa.
Na noite de 3 de janeiro de 2020, os EUA realizaram uma operação em Bagdá, Iraque, para eliminar Soleimani, um comandante das forças especiais do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e Abu Mahdi al-Muhandis, vice-chefe da milícia xiita iraquiana, uma operação contou inclusive com a participação de Israel. Washington vê os dois alvos como tendo estado envolvidos na organização do ataque à Embaixada dos EUA em Bagdá em 31 de dezembro de 2019.
Em resposta, o Irã lançou ataques contra bases dos EUA no Iraque. Na época, o então presidente americano Donald Trump (2017-2021) e o Pentágono declararam que não houve vítimas após o ataque, apesar de posteriormente terem sido contados 110 militares norte-americanos como tendo sofrido traumatismos cranianos dentro de bases dos EUA no Iraque.
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