Panorama internacional

Mossad confirma que perseguirá líderes do Hamas 'onde quer que estejam'

O chefe do serviço de inteligência estrangeira de Israel lembrou conflitos sangrentos anteriores com palestinos antes de prometer atacar os líderes do Hamas em todo o mundo.
Sputnik
O chefe do Mossad prometeu na quarta-feira (3) rastrear e matar todos os líderes do Hamas responsáveis pelo ataque a Israel, escreve o jornal britânico The Guardian.
David Barnea, que lidera o serviço de inteligência estrangeira de Israel, assumiu que o Mossad estava "empenhado em acertar as contas com os assassinos que desceram sobre o envelope de Gaza" em 7 de outubro e com aqueles que planejaram os ataques. Ele falou no funeral de Zvi Zamir, ex-diretor do Mossad, que supervisionou a sangrenta retaliação de Israel contra grupos militantes palestinos após o assassinato de atletas olímpicos israelenses em Munique, Alemanha Ocidental, em 1972.
"Levará tempo, assim como após o massacre de Munique, mas colocaremos nossas mãos sobre eles onde quer que estejam [...]. Toda mãe árabe deve saber que se seu filho participou, direta ou indiretamente, do massacre de 7 de outubro, seu sangue estará sobre sua própria cabeça", advertiu Barnea aos presentes.
Em 1º de dezembro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal citou autoridades israelenses dizendo que o serviço de inteligência Mossad pretende eliminar os líderes do Hamas em todo o mundo.
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No dia 7 de outubro, o movimento palestino Hamas lançou um ataque de foguetes em grande escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza, enquanto os seus combatentes violavam a fronteira, abrindo fogo contra militares e civis. Como resultado, mais de 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras foram raptadas.
Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e lançou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 22 mil pessoas foram mortas até agora em Gaza como resultado dos ataques israelenses, disseram as autoridades locais.
No dia 24 de novembro, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou em 1º de dezembro.
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