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PF prende traficantes de drogas que atuavam no aeroporto de Guarulhos e apreende 700 kg de cocaína

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (7) nove traficantes de drogas que atuavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, como parte da operação Bota Fora. Cinco pessoas estão foragidas.
Sputnik
Foram apreendidos no Brasil e no exterior quase 700 quilos de cocaína que tinham como destino a Alemanha (578 quilos), Portugal (77 quilos) e a Etiópia (37 quilos).
As medidas foram impulsionadas por três investigações sobre o envio de drogas à Europa e à África por malas irregularmente despachadas e pelo setor de cargas do aeroporto.
Os suspeitos foram identificados em grupos de WhatsApp, formados para organizar o envio da droga.

"Temos a informação de que os funcionários que atuam são aliciados assim que são contratados. Alguns fazem parte do grupo criminoso e buscam trabalho […], indicados por alguém que já está lá dentro", disse o delegado Felipe Faé Lavareda de Souza. "Esses crimes acontecem por conta da fraca segurança orgânica do aeroporto, que precisa melhorar muito e não ter só câmeras, mas mais sistemas de controle de quem se movimenta lá dentro", completou ele.

A orientação da PF é que os passageiros tirem fotos de suas malas com as etiquetas e do peso de cada uma no momento do check-in para comprovar que estavam com malas de cores diferentes das que foram pegas na esteira.
Mais cedo, a PF deflagrou a operação Pó de Ferro, a fim de desarticular dois grupos criminosos especializados no tráfico internacional de drogas e de armas no Sul do país.
Cerca de 108 policiais federais cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva nas cidades de Foz do Iguaçu (PR), Cascavel (PR), Descalvado (SP), Porto Ferreira (SP), Alfenas (MG), Santo Ângelo (RS) e Vitória das Missões (RS).
Foram apreendidas 20 toneladas de maconha e 200 quilos de crack no decorrer das investigações. Um dos grupos investigados, estabelecido em Foz do Iguaçu (PR), destinava a maior parte das drogas aos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de unidades da federação da região Nordeste.
Além das prisões, a PF apreendeu dinheiro, veículos e imóveis dos investigados e de empresas, bens supostamente obtidos em razão das práticas criminosas ou, mesmo, utilizados para o tráfico de drogas. O nome da operação, de acordo com a PF, faz referência ao tráfico de cocaína e ao ramo de atuação das empresas dos investigados.
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