Panorama internacional

Ucrânia tenta articular conversa entre Trump e Zelensky ante eleições dos EUA em 2024

Autoridades em Kiev estão empenhadas em organizar uma conversa direta entre o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provável candidato republicano que deve disputar as eleições contra os democratas em 2024. Joe Biden tenta reeleição em meio ao desgaste de sua imagem na opinião pública dos EUA.
Sputnik
Essa iniciativa de Kiev surge em meio à oposição no Congresso americano à alocação de fundos para a Ucrânia, segundo fontes próximas ao gabinete de Zelensky, citadas pela publicação ucraniana Strana.
A maioria republicana na Câmara dos Representantes dos EUA, controlada por Trump, tem bloqueado a liberação de fundos para a Ucrânia, gerando preocupações dentro do regime ucraniano sobre o financiamento crucial para enfrentar desafios no país, incluindo questões relacionadas à segurança e à defesa.
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Em uma tentativa de resolver essa questão, as autoridades ucranianas estão buscando estabelecer uma comunicação direta entre Zelensky e Trump.
"Trump agora controla a Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, que bloqueia a alocação de fundos para a Ucrânia. Em Kiev, eles entendem isso e, portanto, estão tentando organizar uma conversa direta entre Trump e Zelensky", afirmou uma fonte ao veículo ucraniano.
Tal medida é vista como uma tentativa de ultrapassar obstáculos políticos e garantir apoio necessário para aos ucranianos.
Enquanto Biden segue uma política externa extremamente agressiva (não apenas em relação ao conflito ucraniano, mas também em relação à guerra que Israel deflagrou contra a Faixa de Gaza), Trump vem se projetando como um oposicionista do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em paralelo, pesquisas mais recentes colocam Biden atrás de Trump, com queda dramática na intenção de voto entre os jovens e os árabes-americanos, grupos que foram fundamentais para a vitória do atual mandatário nas eleições de 2020.
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O impasse de financiamento à Ucrânia também tem sido evidenciado pela postura cética do novo presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson, em relação à alocação de novos fundos para as necessidades do país do leste europeu. Johnson, republicano da Louisiana, expressou dúvidas mesmo em meio à intensificação das operações militares especiais na região.
A Rússia, por sua vez, reiterou sua oposição ao fornecimento de armas à Ucrânia, alertando os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre as implicações dessa decisão. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, enfatizou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia seria considerada um alvo legítimo para a Rússia.
Trump já afirmou que pretende encerrar as tensões em território ucraniano e que é contrário às políticas de Biden, de forma a se empenhar em evitar uma Terceira Guerra Mundial, já que, para ele, a situação atual está "muito mais próxima de um conflito global" do que se imagina.
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