Panorama internacional

EUA temem consequências militares da expansão marítima da China nos portos do mundo, diz mídia

Na última década, a China assumiu o controle de uma rede global de portos "que abrange todos os oceanos e todos os continentes", com os Estados Unidos e seus aliados cada vez mais preocupados com as possíveis consequências militares dessa expansão, de acordo com artigo do jornal The Washington Post.
Sputnik
"Há dez anos, o presidente chinês Xi Jinping lançou a Rota da Seda Marítima como parte de uma iniciativa […] destinada a melhorar o acesso da China aos mercados mundiais, por meio de investimentos na infraestrutura de transporte", ressalta a publicação.
"Embora o objetivo declarado do investimento tenha sido comercial, os Estados Unidos e seus aliados estão cada vez mais preocupados com as possíveis implicações militares", escreve a mídia.
Quando Xi Jinping anunciou sua estratégia, há uma década, a China tinha participações em 44 portos em todo o mundo. Atualmente, a República Popular da China possui portos e terminais marítimos em quase 100 locais em mais de 50 países, "abrangendo todos os oceanos e todos os continentes", relata o jornal The Washington Post.
Essa expansão tem um significado decisivo para o poder econômico da China, bem como sérias implicações militares, de acordo com analistas citados pelo jornal.
Os respectivos investimentos abrem uma "janela para as relações comerciais entre concorrentes" para Pequim e podem ser usados para ajudar a China a proteger suas rotas de suprimentos e monitorar os movimentos das Forças Armadas dos Estados Unidos, segundo analistas.
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Os navios de guerra chineses já estão fazendo escalas em portos "pertencentes à China", afirma o jornal.

"Sem nenhuma presença naval no oceano Índico há duas décadas, a China agora mantém rotineiramente de seis a oito navios de guerra na região a qualquer momento", destaca a publicação citando autoridades norte-americanas.

Os interesses da China nos portos do golfo Pérsico e do mar Vermelho "vão além dos puramente comerciais", segundo funcionários dos Estados Unidos.
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