Panorama internacional

Família de vítima do Hamas revela últimas horas da vida de mulher antes de ser capturada

A irmã de Eden Yerushalmi, capturada por terroristas do Hamas, disse à Sputnik que no momento do ataque terrorista de 7 de outubro, em uma festa no kibutz Beeri, ela estava falando com sua irmã por telefone, minutos antes do Hamas a encontrar.
Sputnik
Ao todo, eles conversaram com ela por quatro horas. Durante todo esse tempo, Eden passou quase uma hora e meia escondida em um carro, e depois nos arbustos.

"No sábado [7], por volta das 07h20, Eden ligou para mim e para minha mãe. Ela gritou que estavam sendo baleados. Do outro lado do telefone, ouvíamos tiros e gritos. Dissemos a ela para fugir, tentar ajudá-la por telefone. Primeiro, ela se escondeu em um carro com dois cadáveres", disse Shani Yerushalmi, irmã de Eden.

Enquanto conversaram, relembrou Shani, a irmã dela todo esse tempo estava histérica, muito preocupada. Ela disse que havia cadáveres e poças de sangue por toda parte.
Eden Yerushalmi, capturada por terroristas do Hamas, 7 de outubro em uma festa no Kibutz Beheri

"Tiros foram ouvidos o tempo todo. O tiroteio foi tão intenso, minha mãe e eu até pensávamos que havia um tiroteio entre os soldados e os terroristas."

Enfatizando, ela observou que Israel tem o direito de se defender dos terroristas, embora o Hamas não afirme ser uma organização terrorista.

"Mas como nomear aqueles que sequestram crianças, mulheres, cidadãos comuns, vizinhos? Se você realmente não é uma organização terrorista, prove e liberte todos os reféns. Faz sentido. Acho que ninguém deve apoiar o terrorismo", concluiu ela.

A recente escalada do conflito entre Israel e Palestina começou em 7 de outubro, quando mísseis partiram de Gaza em direção ao Estado judaico, pelo grupo armado Hamas. Atualmente o número de vítimas na Faixa de Gaza já ultrapassou cinco mil pessoas, além de 13 mil feridos. Em Israel, segundo as autoridades locais, mais de 1.300 pessoas foram mortas.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações para o estabelecimento da solução de dois Estados, um israelense e um palestino, segundo uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1947.
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