Panorama internacional

Senador dos EUA critica Biden por usar mortes de crianças israelenses para promover ajuda à Ucrânia

O senador republicano James Vance condenou a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de usar o conflito entre Israel e o Hamas para promover financiamento à Ucrânia.
Sputnik
O parlamentar de Ohio classifica o plano como "vergonhoso" e condena a abordagem do líder americano. Em seu entendimento, Biden — que pediu ao Congresso US$ 100 bilhões (R$ 503,5 bilhões) na quinta-feira (19) para apoiar Taiwan, Israel e Ucrâniase aproveita da escalada da guerra no Oriente Médio para aprovar mais repasses a Kiev.
Anteriormente, outros legisladores republicanos já haviam expressado descontentamento em relação ao discurso do presidente aos estadunidenses, sob a argumentação de que a resposta dada ao grupo palestino Hamas não era suficiente.
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O Kremlin também enviou notas aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em relação ao fornecimento de armas aos ucranianos, dizendo que tal ação poderia complicar as negociações entre Rússia e Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou que qualquer carga contendo armas destinadas à Ucrânia seria considerada um alvo legítimo pela Rússia e que os Estados Unidos e a OTAN têm se envolvido diretamente no conflito, por meio do fornecimento de armas e treinamentos.
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Segundo reportado pelo The New York Times, a expectativa é de que o governo americano destine cerca de US$ 10 bilhões (R$ 50,3 bilhões) de ajuda em assistência militar para Israel e US$ 60 bilhões (R$ 302,1 bilhões) para a Ucrânia. Outros repasses são para as defesas em Taiwan contra a China e para a fronteira contra o México.
Também estão previstos cerca de US$ 9 bilhões (R$ 45,3 bilhões) para ajuda humanitária na Ucrânia, Gaza e Israel, sob a justificativa de trabalhar com os israelenses para "evitar tragédias para civis inocentes".
Em 21 de setembro, Biden anunciou um pacote à Ucrânia de US$ 325 milhões (R$ 1,6 bilhão) em assistência militar e equipamentos de defesa aérea.
Iraquianos queimam bandeiras israelenses durante manifestação em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza. Bagdá, Iraque, 13 de outubro de 2023

Guerra entre Israel e Hamas

Em 7 de outubro, Israel foi alvo de ataque com foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza como parte da chamada operação Dilúvio de Al-Aqsa, anunciada pelo braço militar do movimento palestino.
Após ataques massivos com foguetes, membros do grupo se infiltraram nas áreas fronteiriças do sul israelense. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação Espadas de Ferro, que intensificou confrontos e bombardeios aéreos.
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Além disso, Israel impôs bloqueio total à Gaza, resultando na suspensão do fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 3.785 pessoas — incluindo 1.524 crianças e 1.000 mulheres — morreram nos conflitos. Em Israel, autoridades confirmam a morte de mais de 1,4 mil pessoas. A Embaixada russa em Jerusalém informou a perda de 19 cidadãos russos no conflito — com dois reféns e sete desaparecidos.
Atualmente, estima-se que há 150 israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas.
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) da Rússia apelou às partes para cessarem as hostilidades e destacou a importância da resolução da crise no Oriente Médio, com base na fórmula de dois Estados, aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Tal fórmula prevê criar um Estado palestino independente e ter Jerusalém Oriental como capital.
O conflito persiste há muitas décadas, desde quando a ONU determinou a criação de dois Estados, em 1947, mas apenas o israelense foi estabelecido. Israel, apesar de declarar concordar com o princípio, ainda mantém o controle de territórios palestinos.
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