Notícias do Brasil

Lula chama ataque do Hamas de 'ato terrorista' pela 1º vez e diz que reação de Israel é 'insana'

Até o momento, mandatário brasileiro não havia usado a palavra "terrorista" com o grupo palestino, mesmo enfrentando pressão de Israel e dos Estados Unidos por estar na presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) este mês.
Sputnik
Nesta sexta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações sobre o conflito em Israel e, pela primeira vez, classificou o ataque do Hamas como "terrorista", ao mesmo tempo que considerou "insana" a reação de Tel Aviv após o ataque.

"Hoje, quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Que não pediram para o Hamas fazer [o] ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e matasse eles. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, que querem brincar, que não tiveram direito de ser criança", disse Lula, segundo a Folha de S.Paulo.

A declaração do mandatário aconteceu durante a cerimônia de 20 anos do Bolsa Família, no Ministério do Desenvolvimento Social e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em Brasília.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, participam por videoconferência da comemoração dos 20 anos da criação do programa Bolsa Família, criado durante seu primeiro mandato e que atende famílias de baixa renda. Brasília, 20 de outubro de 2023
Lula participou do evento por videoconferência em sua primeira aparição pública, ainda que virtual, desde que realizou cirurgias no quadril e nas pálpebras.

"Não é possível tanta irracionalidade, não é possível tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças", disse o presidente também se referindo ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

Na presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tentou aprovar uma resolução na segunda-feira (16), mas apesar dos 12 votos a favor, os Estados Unidos, com seu poder de veto, não deixaram o texto ser aprovado.
Notícias do Brasil
Mídia: governo Lula não aceitou 'jogo' dos EUA na ONU e insistirá em negociações sobre Israel-Hamas
Hoje (20), os diplomatas brasileiros confirmaram uma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU, que reúne os 193 países-membros, para discutir a escalada do conflito no Oriente Médio, conforme noticiado.
O principal objetivo é discutir o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança à criação de um corredor humanitário e a um cessar-fogo.
Comentar