Panorama internacional

Mídia: Banco Mundial e FMI se mostram 'impotentes' em parar conflitos como o de Israel e Gaza

De acordo com a Reuters, as duas organizações têm tido dificuldades em abordar conflitos recentes, incluindo o de Israel e Gaza.
Sputnik
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) tiveram parte de seus planos e atividades paralisada em meio ao conflito entre Israel e Gaza, informou na segunda-feira (16) a agência britânica Reuters.
Assim, segundo a mídia, o recomeço das hostilidades ocorreu em 7 de outubro, quando os principais funcionários das organizações chegaram ao local de encontro anual das duas organizações no Marrocos, para discutir a gestão da economia mundial.
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Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, não mencionou o conflito inicialmente, mas mais tarde teve dificuldades em o abordar, descrevendo-o como uma tragédia humana e uma possível fonte de incerteza econômica. As fontes da Reuters explicaram que ele foi amplamente discutido nos bastidores.
"Diante de um grande choque global como esse, criado pelo homem, que não é um choque climático, essas instituições são impotentes para fazer qualquer coisa a respeito, e é por isso que elas nem estão falando sobre isso", disse Rachel Nadelman, pesquisadora sênior do Centro de Pesquisa de Responsabilidade da Universidade Americana, Washington, EUA, uma das fontes.
De acordo com a Reuters, tal foi demonstrado quando as declarações das lideranças do G20 e dos comitês de direção do Banco Mundial e do FMI não conseguiram emitir declarações sobre o evento, mas também sobre o conflito ucraniano e as disputas entre a China e os Estados Unidos. Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, reconheceu no domingo (15) que eles estavam "lançando longas sombras" sobre as reuniões das organizações, e intensificando os desafios econômicos.
"Se essas instituições forem legítimas e adequadas para a próxima década, elas terão de responder a crises geopolíticas quase em tempo real", comentou Josh Lipsky, ex-funcionário do FMI, que dirige o Centro Geoeconômico do Conselho Atlântico americano, à Reuters.
"Os choques geopolíticos são choques econômicos agora, e os choques econômicos são choques geopolíticos, e eles estão tentando separar os dois", apontou ele.
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