Panorama internacional

Líder da oposição alemã é hospitalizado sob suspeita de envenenamento

Tino Chrupalla, um dos líderes do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), sigla de oposição ao governo que vem aumentando em popularidade nos últimos anos, foi hospitalizado após desmaiar em um evento de campanha.
Sputnik
Segundo um anúncio no site do partido, exames médicos realizados pela Clínica de Ingolstadt confirmam uma "picada de agulha no braço direito".
Além disso, teria ocorrido uma infecção por via intramuscular com uma substância desconhecida.
"A análise toxicológica forense está em andamento", disse a nota da AfD.
Enquanto detalhes do incidente ainda não tinham sido divulgados ao público, fontes da emissora russa RT levantaram a possibilidade de um ataque.
Uma testemunha afirmou à emissora que o político tinha levado uma picada de uma injeção contendo uma substância misteriosa, o que teria causado um choque anafilático.
Segundo relatos policiais, Chrupalla desmaiou enquanto tirava selfies com pessoas do público.
Autoridades pedem que os participantes do evento enviem fotos e vídeos feitos no local.
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AfD cresce em popularidade e assusta políticos tradicionais

Os membros da AfD e as suas famílias frequentemente necessitam de proteção pessoal devido a ameaças de violência — o próprio Chrupalla já foi atacado antes.
Outra líder do partido, Alice Weidel, teve que cancelar sua aparição em um evento na terça-feira (3) por ameaças de ataque a sua segunda casa, na Suíça, o que exigiu a realocação de sua família.
O responsável pela política de defesa do partido, Rudiger Lucassen, alertou os meios de comunicação que o "clima político acalorado", em que a AfD era rotineiramente demonizada por outros partidos, poderia facilmente produzir "um ataque com consequências fatais contra um dos nossos membros".
Embora a popularidade da AfD tenha crescido entre o eleitorado alemão a ponto de poder nomear o seu próprio candidato a chanceler, pela primeira vez, em 2025, a vitória exigiria que um ou mais parceiros da coligação dirigissem o governo federal.
Até então, os demais partidos alemães se recusavam a trabalhar com os populistas de direita.
Autoridades políticas alemãs têm considerado proibir o partido, cuja popularidade vem aumentando recentemente e já ultrapassa a do Social-Democrata da Alemanha (SPD, na sigla em alemão), legenda do chanceler alemão, Olaf Scholz.
Entre as posições mais populares da AfD estão a crítica ao apoio financeiro e militar à Ucrânia e a normalização de relações com a Rússia.
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