Operação militar especial russa

Rússia investiu na região de Kherson 3 vezes mais que a Ucrânia nas últimas décadas, diz governador

Andrei Alekseenko, presidente do governo da região de Kherson, deu uma entrevista à Sputnik, detalhando os progressos econômicos da nova região russa.
Sputnik
Um ano após a reunificação com a Rússia, a região de Kherson demonstra os resultados do desenvolvimento socioeconômico, apesar dos constantes bombardeios e das consequências do ataque terrorista à usina hidrelétrica de Kakhovka, disse Andrei Alekseenko, presidente do governo regional.
Falando em entrevista à Sputnik, ele disse que, em primeiro lugar, foi elaborado e aprovado um programa abrangente para o desenvolvimento da região nos próximos anos, abrangendo diferentes áreas: do apoio social à população, algo "sem precedentes" até mesmo para as novas regiões russas, à construção de estradas.
"É preciso dizer que a região não conhece uma escala tão grande de construção e reparação de rodovias, escolas, hospitais e infraestrutura comunitária desde os tempos soviéticos. Neste ano a Rússia investiu mais na região de Kherson do que o regime ucraniano em todas as últimas três décadas", sublinhou o governador.
De acordo com Alekseenko, a região de Kherson tem também outras oportunidades, incluindo o desenvolvimento de uma agricultura moderna e altamente produtiva. Por exemplo, "já foi proposto um processamento profundo de matérias-primas no local, para que o maior número possível de empregos e valor agregado [e] impostos permaneçam na região e trabalhem para os habitantes da região", disse ele.
De acordo com o funcionário, a região de Kherson se desenvolverá como uma região industrial e um importante centro de logística no sul do país, e tudo isso "se traduz em um alto padrão e qualidade de vida".
"Passados alguns anos, a atratividade da região para a vida crescerá tanto que as pessoas procurarão vir para cá, como para a região [meridional russa] de Krasnodar", resumiu, e "a região tem tudo para dar um salto no desenvolvimento econômico, na infraestrutura e, consequentemente, na qualidade de vida das pessoas".
Questionado sobre o impacto das sanções ocidentais no desenvolvimento da região, o funcionário russo informou que neste ano de 2023 a região alcançou um crescimento de 15% na produção industrial. Além disso, foi colhida uma "boa safra" de 1,5 milhão de toneladas de grãos, apesar da ausência quase total de irrigação, mesmo antes do incidente na usina hidrelétrica de Kakhovka.
Quanto ao "não reconhecimento" ocidental da adesão de Kherson à Rússia, Alekseenko respondeu que "uma caravana que segue em frente não se importa com os latidos dos cães de outras pessoas, por mais barulhentos que sejam".
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